Mancini Revela: Por Que Goiás "Se Arrastou" em Campo Contra o CRB?

A recente derrota do Goiás para o CRB por 2 a 1 deixou um gosto amargo, e o técnico Vagner Mancini não hesitou em oferecer um diagnóstico contundente sobre a performance de sua equipe. Para o comandante esmeraldino, o time demonstrou uma preocupante falta de vitalidade, apresentando-se apático em campo, uma situação que ele descreveu de forma incisiva.

Mancini atribuiu o desempenho aquém do esperado principalmente à exaustão física. Ele detalhou que os jogadores do Goiás estavam visivelmente desgastados, uma condição que permitiu ao adversário impor seu ritmo e domínio, mesmo após o time goiano ter inaugurado o placar.

A fadiga, conforme explicitado pelo treinador, era um resquício de um confronto anterior exigente contra o Volta Redonda, onde a equipe despendeu uma quantidade significativa de energia. Além disso, a delegação enfrentou percalços logísticos consideráveis, incluindo uma longa viagem de ônibus até o local da partida na véspera, o que, segundo Mancini, intensificou ainda mais o desgaste físico dos atletas.

A Performance Inesperada: O Diagnóstico de Mancini

O técnico não se esquivou da responsabilidade pelo fraco desempenho, assumindo a culpa pela apresentação da equipe. Ele detalhou a cronologia dos eventos que culminaram no declínio físico do grupo:

Sábado fizemos um jogo em Volta Redonda em que ficamos 4 horas parado na estrada. Corremos muito no jogo, muito mais que o Volta Redonda e busca a vitória até o final. Fomos à exaustão. Hoje, depois de três jogos, voltamos a campo. Alguns atletas sentiram. Tivemos jogador com cãibra no início do segundo tempo. Fisicamente, estávamos atrás do CRB. Por isso o desempenho não foi como deveria ser. Tomamos gol que não poderíamos tomar e produzimos pouco. Jogo para ser esquecido.

Esta admissão franca sublinha um ponto crucial: apesar de um início promissor com um gol rápido, a condição física do elenco se deteriorou rapidamente. A observação de Mancini de que o Goiás "se arrastou em campo" pinta um quadro vívido de um time com dificuldades em manter a intensidade necessária para uma competição de alto nível.

Entre o Cansaço e a Confiança: O Caminho do Esmeraldino

Apesar do revés recente e de uma sequência preocupante de apenas uma vitória nas últimas oito rodadas, Mancini mantém-se firme em sua convicção quanto ao objetivo final da equipe: o acesso à elite do futebol nacional. Ele descartou categoricamente qualquer possibilidade de renúncia, expressando uma fé inabalável na capacidade de recuperação do elenco e na manutenção de uma posição no G-4 da Série B até o término da competição.

O treinador reiterou sua confiança no trabalho desenvolvido e nos jogadores sob seu comando:

Eu não tenho dúvida do controle. Estou há bastante tempo no clube. Tenho convicção que vai dar certo. Não tenho dúvida de que vamos chegar ao acesso. Confio no trabalho, nos jogadores e no que está sendo feito. Tínhamos uma gordura lá atrás, perdemos ela, mas estamos na briga.

Essa declaração reforça a resiliência que é frequentemente testada ao longo de uma temporada extensa. Mesmo com a recente perda de pontos, que consumiu uma vantagem previamente construída, Mancini assegura que o Goiás permanece plenamente engajado na disputa pela promoção.

A Resposta em Campo: Próximo Desafio Crucial

A oportunidade de demonstrar essa capacidade de superação e reverter a trajetória atual surge rapidamente. O Goiás se prepara para enfrentar o Athletic no próximo sábado, em uma partida que será disputada fora de casa, com início agendado para as 16h. Este confronto será um teste fundamental para a equipe e para a validade das projeções de seu comandante.