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Fábio Carille no Goiás: Desvendando a Estratégia do Novo Técnico Rumo à Série A
Por Redação FutGoiás em 15/10/2025 17:32
O Esmeraldino, em um ponto nevrálgico de sua campanha na Série B, oficializou a chegada de Fábio Carille, um comandante de 52 anos com a árdua tarefa de reconduzir a equipe à elite do futebol nacional na próxima temporada. Embora o Goiás figure atualmente na quarta posição, com 52 pontos, dentro da zona de acesso à Série A, sua permanência neste seleto grupo pendeu por um fio, salvaguardada apenas pelo empate entre Chapecoense e Botafogo-SP na rodada anterior.
Apesar da posição privilegiada na tabela, a trajetória recente do clube alviverde revela um desempenho preocupante. O time amarga uma sequência de apenas três vitórias nas últimas quinze partidas, culminando em cinco jogos consecutivos sem um triunfo sequer. Esta performance contrasta drasticamente com o período em que o Goiás liderava a competição, ostentando uma vantagem de dez pontos sobre o quinto colocado, uma margem que hoje se reduziu a meros um ponto.
Nesse contexto de oscilação e pressão, Carille assume o comando com a missão de reestabilizar o Esmeraldino. Em sua apresentação, o treinador abordou não apenas o desafio iminente, mas também a persistente alcunha de "retranqueiro", enfatizando sua visão de um futebol "equilibrado".
O Equilíbrio Tático de Fábio Carille: Desvendando um Estilo
Carille fez questão de desmistificar a percepção de seu estilo de jogo. Ele declarou:
Eu sou equilibrado. Para jogar comigo, todos com a bola vão jogar e todos sem a bola vão marcar. Em oito anos como técnico, já conquistei muita coisa e não se conquista só sendo retranqueiro.
O técnico reforçou que sua trajetória de sucesso não se alicerça em uma única abordagem defensiva, citando exemplos de sua flexibilidade tática.
Ele recordou o Santos de 2021, que classificou como "um time totalmente leve" e que necessitava "escapar do rebaixamento", utilizando "três zagueiros, mas com dois atacantes nas alas e com um meio-campo muito leve". Carille admitiu que a fama de "retranqueiro" pode ter se consolidado em 2019, quando, à frente do Corinthians, adotou uma estratégia mais conservadora, acreditando ser "o melhor com aquele elenco ". Mesmo com essa abordagem, conquistou o Campeonato Paulista, alcançou a semifinal da Copa Sul-Americana e figurou entre os quatro primeiros do Brasileiro, uma prova, segundo ele, de que "Foi uma ideia de contra-atacar. Tenho que respeitar as características dos jogadores".

A Pesada Responsabilidade e o Futuro Esmeraldino
Com um vínculo contratual que se estende até o final de 2026, Carille não hesitou em assumir a total responsabilidade pelos rumos da equipe.
A partir do momento em que eu aceito, a responsabilidade é minha, independente do que acontecer. O técnico dá a direção daquilo que você quer e quem executa são os atletas. Mas a partir do momento em que eu aceitei, eu sou o responsável.
Ele delineou a dinâmica entre comando e execução, reafirmando sua total responsabilidade.
O novo comandante terá diante de si um calendário apertado, com seis confrontos decisivos para concretizar o objetivo de levar o Goiás de volta à Série A. A jornada começa com um embate direto contra a Chapecoense, agendado para o próximo domingo (19), às 20h30 (horário de Brasília), na Serrinha.
A Reta Final: Confrontos Cruciais Pelo Acesso
A tabela de jogos que se avizinha é um verdadeiro teste de fogo, repleta de adversários que também nutrem ambições de acesso.
Veja os próximos adversários do Goiás :
Rodada | Adversário | Local |
---|---|---|
Próxima | Chapecoense | Serrinha (Casa) |
Sequência | Criciúma | Fora |
Sequência | Athletico-PR | Casa |
Sequência | Cuiabá | Fora |
Sequência | Novorizontino | Casa |
Sequência | Remo | Fora |
Finalmente, Carille enfatizou que seu trabalho inicial se concentrará na elevação da confiança dos jogadores, sem a intenção de desmantelar completamente a estrutura tática estabelecida por seu antecessor, Vagner Mancini.
Nesse momento, nós continuamos trabalhando a organização que tinha sido trabalhada pelo Mancini. Vamos deixar as coisas bem definidas para os atletas, mas principalmente vamos trabalhar a confiança. É passar os números que já aconteceram nessa temporada e retomar o caminho das vitórias. Ninguém fica tentas rodadas no G4 por acaso.
concluiu o técnico, sinalizando uma abordagem pragmática para a reta final.
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