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Arbitragem Controvertida em Goiás x Atlético-GO: Entenda a Revolta de Ambos os Lados na Série B

Por Redação FutGoiás em 01/10/2025 11:52

O empate sem gols entre Goiás e Atlético-GO, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro Série B, foi ofuscado por uma enxurrada de críticas à atuação do árbitro paranaense Lucas Paulo Torezin. A partida, que prometia ser um embate decisivo na corrida pelo acesso, transformou-se em um palco de descontentamento generalizado, com dirigentes, comissões técnicas e atletas de ambos os lados expressando profunda insatisfação com as deliberações do juiz.

A controvérsia central girou em torno da origem do árbitro. Para esmeraldinos e rubro-negros, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deveria ter optado por um profissional com maior experiência e, crucialmente, de uma federação que não possuísse clubes diretamente envolvidos na disputa pelo acesso, como é o caso do Paraná, estado de origem de Torezin, que tem Coritiba e Athletico-PR na briga.

A Insatisfação Esmeraldina: Pênalti Ignorado e VAR Questionado

O Goiás , mandante da partida, não poupou críticas à condução do jogo. A principal reclamação esmeraldina recai sobre um lance capital no segundo tempo, no qual um suposto toque de mão do zagueiro Adriano Martins, do Atlético-GO, dentro da área, não foi assinalado como pênalti. A decisão, ou a ausência dela, gerou forte indignação no clube.

Lucas Andrino, diretor de futebol do Goiás , foi enfático ao abordar a questão da escala do árbitro. "Nós não concordamos com a escala de um árbitro oriundo de um estado que tem duas equipes (Coritiba e Athletico-PR) que disputam os mesmos interesses que o Goiás . Ele (árbitro) teve uma noite infeliz. O pênalti foi muito claro, é só eles assistirem. O que chama a atenção é o VAR sequer ter chamado para a revisão, isso me assusta. Vamos nos manifestar. Confio muito no trabalho da CBF, mas em que haver esse cuidado. Assim como quando o jogo for de Coritiba ou Athletico-PR não vejo necessidade de escalar um árbitro da Federação Goiana", declarou o dirigente, apontando para uma possível falta de critério na escolha.

O goleiro Tadeu, peça fundamental da equipe, corroborou a visão do diretor, direcionando suas críticas também ao árbitro de vídeo, Rafael Traci. "Não tem como brigar com a imagem. E o 'rapaz' que está lá no ar-condicionado (o árbitro de vídeo Rafael Traci) brigou com a imagem. Não tem argumento. Ele pode falar o que quiser. O próprio jogador deles admite que fez o pênalti, mas é óbvio que ele não vai sair gritando que fez o pênalti. Quem está no VAR tem que ser analisado, ele é da nossa Região Sul (Tadeu é paranaense). Lá tem algumas equipes brigando com a gente. Ficou claro. Não estou chorando, mas podem falar que estou chorando, é a realidade (que foi pênalti)", afirmou Tadeu , com um tom de desabafo.

Arbitragem Controvertida em Goiás x Atlético-GO: Entenda a Revolta de Ambos os Lados na Série B
Foto: (Rosiron Rodrigues / Goiás E.C.)

A Fúria Rubro-Negra: Cartões Polêmicos e Suspensões Cruciais

Do lado rubro-negro, a insatisfação não foi menor. O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, utilizou palavras duras para descrever a performance de Lucas Torezin, levantando suspeitas sobre a intenção do profissional.

Hoje veio um árbitro aqui mal-intencionado. Um árbitro que só apitou para o time da casa. O Goiás não tem nada a ver com isso. Nem acho que ele (árbitro) veio aqui ajudar o Goiás . Minha visão é outra. Espero que a ?senhora? CBF não caminhe para um lado que vá destruir o futebol brasileiro. A coisa tem que ser séria. Só teve um árbitro para o lado da casa, não deixando o Atlético-GO jogar e amarelando nossos jogadores, intimidando nosso time ? disse Adson Batista.

Batista ainda criticou a falta de preparo do árbitro para jogos de tamanha envergadura.

Espero que a CBF coloque um árbitro de verdade para apitar nosso jogo contra o Athletico-PR (domingo). Porque senão nem adianta. Não posso falar mais para não me prejudicar e prejudicar o Atlético-GO. Foi um árbitro iniciante, sem condição de apitar grandes jogos. Sem personalidade e sem critério ? desabafou o presidente do Dragão.

Entre as principais queixas do Atlético-GO estão os cartões amarelos concedidos ao volante Luizão e ao atacante Lelê. Ambos os jogadores, peças fundamentais no esquema tático da equipe, estavam pendurados e agora cumprirão suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo. A ausência de Luizão e Lelê é um golpe significativo, especialmente porque o próximo adversário será o Athletico-PR, um concorrente direto na luta pelo acesso.

O Alerta da Arbitragem Paranaense: Conflito de Interesses na Série B?

O técnico Rafael Lacerda reforçou o coro de críticas, apontando a incoerência na distribuição de faltas e a gravidade das suspensões em um momento crucial da competição. "Foi uma péssima arbitragem. O árbitro não influenciou nessa partida, mas ele picotou o jogo, não dava uma falta para o Atlético-GO, só dava para o Goiás . E o ruim disso o que que é? Foi um árbitro paranaense. Vamos enfrentar o Athletico-PR. E até agora não entendi os cartões que ele deu. É engraçado, dois jogadores importantíssimos que estavam pendurados, o Luizão e o Lelê, receberam o terceiro cartão amarelo. O cartão do Luizão não tem explicação nenhuma. Então, vamos enfrentar um time paranaense sem dois jogadores importantíssimos", lamentou Lacerda, evidenciando o impacto direto das decisões arbitrais no planejamento da equipe.

A situação levanta um questionamento sério sobre os critérios de escalação da CBF. A escolha de um árbitro de um estado com equipes envolvidas na mesma disputa que os clubes em campo, para um clássico de tamanha importância, é vista por ambos os lados como um risco desnecessário e, para muitos, um erro. A expectativa agora é que a entidade máxima do futebol brasileiro reveja seus protocolos para evitar que a integridade e a lisura da competição sejam colocadas em xeque por decisões controversas.

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